Cachoeira Sagrada Nambikwara, Utiarity. ©Marcelo Fortaleza Flores

MIL ALDEIAS

Onde: Todos os ecosistemas ameaçados do Brasil.
Adote uma aldeia e doe o suficiente para gerar mudanças reais.


A campanha "Mil Aldeias" visa apoiar a ações de soberania em comunidades indígenas e tradicionais comprometidas com soluções sustentáveis. A proteção do meio ambiente em todo o Brasil começa com o envolvimento das comunidades locais e de suas lideranças. A soberania implica em um alto grau de independência da comunidade, apesar da tensa situação atualdo crise ambiental, além de mais autonomia em relação à política e economia locais, em suma, ser o mestre de seu próprio destino. O principal objetivo desta iniciativa é levantar fundos para financiar projetos desenvolvidos pelas lideranças de comunidades locais, além de uma série de iniciativas destinadas a proteger suas terras, culturas e ecosistemas.

A campanha Mil Aldeias foi criada por ativistas e artivistas. Entre os ativistas indígenas que a inspiraram estão Ailton Krenak e Benki Piyãko. Mais de trinta músicos, fotógrafos e cineastas participaram da realização de um vídeo clipe sobre a cultura dos povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas. O vídeo foi realizado pelo aclamado diretor Marcos Prado. A música "O Relógio do Juízo Final", dos compositores brasileiros Carlos Rennó, Makely Ka e Rodrigo Quintela foi interpretada por artistas como Margareth Menezes(atual Ministra da Cultura do Brasil), Arnaldo Antunes, Zélia Duncan e NandoReis. A campanha também conta com cessões de direitos de trabalhos de fotógrafos renomados como Araquém Alcântara, Maureen Bisilliat e Claudia Andujar, entre outros.

Ailton Krenak
ilton Krenak. ©Dantes Editora
Xavante dancing the sunstroke dance
Dança do Sol Xavante, Aldeia Eteniritipa. ©Marcelo Fortaleza Flores
Xavante young man shooting an arrow
Guerreiro Xavante caçando com um arco. ©Marcelo Fortaleza Flores

OS EIXOS ESTRATÉGICOS DA CAMPANHA :

Por que os pilares da campanha estão focados em ações de soberania?

A Boa acredita que a soberania começa com a iniciativa e a autonomia. Portanto, nossa organização se empenha em ouvir os líderes indígenas e comunitários e trabalhar junto com líderes locais a fim de apoiar suas prioridades, seus projetos de sustentabilidade, suas redes de intercâmbio e relacionamentos, além de buscar parcerias inspiradas pelo interesse mútuo com o presente e o futuro do planeta.

A campanha apoiará projetos nos eixos de
1) território e reflorestamento.
2) soberania alimentar (ou da água).
3) práticas e sistemas de saúde tradicionais.
4) comunicação (da cultura e identidade locais).

Estes quatro eixos são os pilares que mantêm as comunidades sob a égide da conservação: do território e sua tutela, do meio ambiente e das práticas sustentáveis para fazer prosperar a cultura e a natureza, das relações humanas e humanas com a natureza, da cultura e identidade.

Com a soberania sobre o território, tradicional ou recém-adquirido para reflorestamento, os guardiões do território podem mostrar que um ecossistema preservado melhora a economia local ao gerar mais autonomia.

Com a soberania alimentar e da água, os povos, a terra e o ecossistema são preservados.

Com a soberania sobre a saúde, não há dependência ou vulnerabilidade quanto à saúde e bem-estar desses povos.

Com soberania na comunicação, as comunidades podem direcionar seus próprios destinos, e com a soberania na cultura baseada em uma forte identidade local, uma comunidade pode inspirar novas gerações e parar os motores do colonialismo.

As próximas aldeias cujas ações de soberania serão apoiadas pela campanha:

SOBERANIA TERRITORIAL :
1- Huni Kuin (próximo a Rio Branco e Sena Madureira, AC): apoio à aquisição de novas terras para reflorestamento e projetos de reconexão da juventude local à cultura indígena, a fim de libertá-los de dependências das drogas e álcool.
2- Maxakali (Minas Gerais): implementação de projeto de reflorestamento.
3- Ashaninka (Instituto Yorenka Tasorentsi): negociação em andamento para aquisição de terras para os projetos de reflorestamento e programa cultural do Instituto.
4- Waurá: estabelecimento de uma nova aldeia em território demarcado, a fim de proteger uma região isolada e propensa a invasões.

SOBERANIA ALIMENTAR E DA ÁGUA :
1- Tupinambá (Serra do Padeiro): apoio à cooperativa Cacau Caboclo - um projeto local de empoderamento das mulheres Tupinambá.
2- Guajajara (Araribóia): implementação do projeto de do feijão abafado.
3- Pataxó (Dois Irmãos): captação e purificação de fontes de água locais.
- Waurá (Ulupuene): implementação de uma piscicultura para evitar o consumo de peixes contaminados pela soja e pelo agronegócio na região.

SOBERANIA DA SAÚDE :
5- Ashaninka, Kuntanawa e Ribeirinhos (Instituto Yorenka Tasorentsi): apoioao início das instalações da uma planta de destilação de óleos essenciais da Amazônia.
6- Ações de apoio às pessoas com deficiência dentro de comunidades.
7- Ribeirinhos do Alto Murú: apoio para o início da instalação de um sistema agroflorestal de plantas medicinais.

EDUCAÇÃO E SOBERANIA CULTURAL :
8- Resex Chico Mendes: instalação de Internet via satélite para fortalecer a rede das cooperativas locais. 9- Quilombo de Samucangawa: instalação de Internet via satélite para divulgar as reivindicações da comunidade dentro de seu território.
10- Yawanawá (Amparo): instalação de Internet via satélite para iniciar atividades educacionais na Escola/Universidade Nixiwaka.
11- Kaiowá (aldeia cujo nome permanecerá confidencial): construção da uma casa de rezo com o apoio da comunidade. 12- (várias aldeias): Apoio para a criação de um aplicativo para a venda de artesanatos indígenas, quilombolas e ribeirinhos sem intermediários.
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